Lateral metralhista se preocupa desde o laço da chuteira até com o posicionamento do goleiro para conseguir o gol
Primeiro, ele passa a camisa na bola com cuidado, para secá-la. Depois, amarra o laço da chuteira do pé direito e "morde a língua pro lado esquerdo". Orienta os dois homens que ficam na frente da barreira até soltar o chute preciso. Este foi parte do ritual de Thiago Bettega antes de cobrar uma falta.
- Eu mentalizo onde tenho de colocar a bola, que é no lugar mais difícil para o goleiro chegar. Vejo a posição do goleiro, a força que tem de colocar na bola e a precisão - disse Bettega.
Mas a técnica para conseguir o tiro certeiro vem de longa data. O lateral contou que começou a treinar as batidas quando tinha 17 anos, ainda no Parizotto, supervisionado pelo técnico Zémar. Ele lembra que Tijela, hoje no Nautico e seu colega de equipe na ocasião, também faziam exaustivamente as cobranças, competindo com o treinador. Derrotados pelo "mestre", eram motivo de chacotas.
- Todo batedor tem um jeito. E vira uma especialidade a partir do momento que você treina. Sempre gostei de treinar. Nós treinávamos com o Zémar no Parizotto e nunca ganhávamos dele. Éramos motivo de riso depois. E nossa motivação era treinar para aprimorar. Hoje eu ganharia (do Zémar) - provocou.
Além de treinar entre 30 e 40 cobranças nos rachões nas quartas, Bettega tem lá suas manias na hora da cobrança. Disse que repete o ritual antes de bater escanteios também.
- O ritual é arrumar o bico da bola para baixo, dar três passos para trás para dar um bom apoio e "morder a língua pro lado esquerdo".
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