Em um domingo de muito sol, muita carne e muita cerveja, a equipe do Metralhas venceu e convenceu contra mais um difícil adversário nessa temporada 2011
O ano está acabando, a temporada também, mas no que depender do esforço e dedicação de seus atletas, o ano poderia durar mais pelo menos 30 meses para a equipe Metralhista. Jogando com muita disposição a equipe do Metralhas entrou em campo com Fernando no gol. Alex e Bettega nas laterais e Fábio na zaga. Léo na cabeça de área, Leandro no meio e Locatelli no ataque. Ismael e Israel estavam prestando vestibular e chegaram com o primeiro tempo em andamento.
O domingo era de festa. Estréia do belíssimo uniforme, a torcida comparecendo em peso, jogo sendo gravado para ser transmitido
ao vídeo para todo o planeta, e a diretoria inteira do Metralhas estava assistindo o jogo no camarote. Tinha tudo para dar certo. Só faltou combinar com o adversário. Sentindo a pressão do importante jogo, e vendo sua noiva assistir o jogo na arquibancada, o goleiro Fernando sucumbiu em um chute rasteiro da equipe adversária logo no início de jogo. Lance que foi muito comentado pelos atletas. Após o jogo o treinador Ênio falou o seguinte:
- O clima é de festa, estão todos comendo muito bem. Estamos comendo costela, porco. A única coisa que eu não entendo é protecionismo. Por que só o Fernando engoliu o frango?!?! - arrancando risada dos presentes.
O gol sofrido no início do jogo deixou a equipe alvinegra muito nervosa, pois existia uma pressão muito grande para não estreiar o novo uniforme com derrota, como aconteceu com o último. Muito abatido e ainda com o pé do frango na boca, o goleiro Fernando pediu substituição para a entrada de Titanic.
O jogo transcorria e a equipe do Metralhas não conseguia furar o bloqueio adversário, que passou a se defender todo atrás. As melhores chances de gol vinham com chutes de longa distância do lateral Bettega. A sorte começou a mudar quando chegaram Ismael e Israel. Logo em seguida Ismael entrou no jogo, e na primeira vez que participou do jogo já esticou uma bola para Locatelli que em velocidade bateu firme para uma bela defesa do goleiro adversário.
O lance animou a equipe alvinegra, se aproveitando disso, o treinador Ênio resolveu também colocar o atacante Israel no jogo. Por muito pouco o resultado não foi imediato, Ismael lançou Locatelli, que no lado esquerdo do ataque Metralhista viu Israel sozinho no segundo pau, o camisa 10 Metralhista tocou magistralmente para Israel livre, em sua primeira participação no jogo, sem marcação e sem goleiro chutar para fora.
Levando a risca o ditado popular,
"quem não faz, leva", a equipe alviverde encaixou um contra-ataque em velocidade, e ampliou o placar. Quando tudo indicava ser um balde de água fria na equipe da casa, ela se superou e buscou uma importante reação. Israel recebeu um lançamento, girou em cima do zagueiro e quando iria ficar cara a cara com o goleiro adversário foi segurado. Lance que o irritou muito. Locatelli tratou de acalmá-lo. Deu resultado. Israel cobrou rapidamente a falta para Locatelli, que bateu firme e não só diminuiu o placar, mas também acabou com a "maldição" da camisa 10 que rondava a equipe Metralhista.
O segundo tempo começou com as equipes se estudando. Em uma falha de marcação, Ênio, assim como Bettega o lateral-treinador da equipe alvinegra, carregou a bola pela esquerda e encontrou Israel livre, o atacante correu com a bola, passou pelo zagueiro adversário e bateu rasteiro na trave. No rebote, Ismael bateu firme e rasteiro no canto oposto ao do goleiro para empatar a partida.
A partir daí as duas equipes se soltaram. Fábio, Alex, Nadir, Leandro e Bettega vinham correndo muito para tentar conter as subidas adversárias. O Metralhas por sua vez tentava subir com Ismael, Locatelli e Léo, sempre encostando em Israel para criar as jogadas. Em um lançamento recebido, Israel protegeu do zagueiro e tentou chutar por cobertura, nas mãos do goleiro. Em seguida recebeu outro lançamento, e dessa vez bateu forte de esquerda, chutando por cima do gol e desperdiçando mais uma boa oportunidade de gol. Locatelli também teve a sua chance. Após receber passe de Israel, adiantou a bola um pouco mais, possibilitando o goleiro adversário dividir fortemente a finalização da jogada e salvar a equipe visitante.
Dessa vez o ditado que prevaleceu foi outro,
"água mole em pedra dura tanto bate até que fura", e furou. Locatelli havia pedido para sair, estava se dirigindo para a troca quando recebeu um passe, rapidamente Israel se posicionou para contra-atacar, percebendo a movimentação Locatelli se voltou ao jogo e lançou Israel. O camisa 9 (na verdade hoje foi 11) Metralhista dominou a bola com um lindo toque de esquerda e botou para correr, batendo firme na saída do goleiro e virando o jogo. Festa na prata! Que podia ser maior se novamente a trave não atrapalhasse, Israel em seguida fez jogada individual no meio-campo, passou pela marcação e bateu rasteiro na trave adversária. Dessa vez não havia ninguém para conferir o rebote.
O jogo estava imprevisível. Titanic estava tendo trabalho, assim como Fábio, que parou brilhantemente algumas jogadas com falta. Locatelli e Israel muito
pesados cansados, pediram para sair. A apreensão estava na cara de todos, pois sabiam da importância de ganhar esse jogo. Nadir tentava usar de toda sua experiência para tocar a bola e tentar acalmar os seus companheiros. Faltando 5 minutos para acabar o jogo, Fábio tentou lançar para Ismael, o jogador adversário tentou tirar e cabeceou contra o próprio patrimônio. Estava fechado o caixão! O lance também gerou muitos comentários.
Fábio começou a fazer lobby para que o gol contasse para ele. Ismael fez o mesmo, informando que se não fosse ele atrapalhar o zagueiro o gol não sairia. Locatelli não quis ficar de fora dessa, e falou que seria importante para o Metralhas dar o gol para o jogador adversário.
- O Ademir é um cara rodado no futebol. Já jogou no Inter, no Cruzeiro, no Rayo Valecano, mas nunca havia tido o prazer de jogar pelo Metralhas. Talvez isso explique o gol que ele fez hoje. Deixa o gol na conta dele, com certeza essa ele vai colocar no currículo - provocou o camisa 10 alvinegro.
A equipe adversária tentou ainda dar uma última pressão, nada que mudasse o placar e acabasse com a festa da equipe da casa. O adversário valorizou muito o jogo, mas a equipe alvinegra mostrou que está terminando a temporada muito forte.
- Quem sabe ano que vem não estaremos representando a América do Sul no mundial de clubes?! - Perguntou o eufórico diretor Moacir Bettega.